A pesquisa se propõe a analisar o Entorno Estratégico Brasileiro, vinculando o mesmo ao processo de formação de região, a cooperação internacional em segurança e defesa e as práticas associadas à Diplomacia de Defesa. O problema de pesquisa surgiu da observação de iniciativas desenvolvidas pelo Estado brasileiro para com países fronteiriços e países africanos localizados na costa do Atlântico Sul. Tais iniciativas são descritas pelos atores governamentais brasileiros como fortalecendo a paz e a estabilidade no Entorno Estratégico Brasileiro. Da mesma forma, os documentos de Defesa brasileiros, tal como a Política Nacional de Defesa de 2012, fazem referência ao Entorno Estratégico Brasileiro. Apesar das constantes referências nos discurso dos atores oficiais brasileiros, nota-se a ausência de uma reflexão mais ampla sobre o conceito, inclusive na articulação do mesmo com os processos de formação de região e Cooperação em Defesa e Diplomacia de Defesa. Para a execução da proposta, procurou-se a articulação entre instituições civis e militares com equipes compostas por indivíduos que vem desenvolvendo produção acadêmica em temáticas associadas à pesquisa proposta. Por tratar-se de estudo que se propõe a desenvolver um entendimento mais amplo sobre o Entorno Estratégico Brasileiro, buscou-se da parte da coordenação do projeto (IRI/PUC-Rio), a articulação com uma instituição baseada na região norte do país, a UNIFAP, com um programa de Mestrado em Estudos de Fronteira (PPGEF) e um Observatório das Fronteiras do Platô das Guianas (OBFRON). Da parte do IRI/ PUC-Rio, o mesmo participou em duas edições anteriores do Pró-Defesa (2008 e 2013), demonstrando a continuidade de uma agenda de pesquisa em Defesa, que já permitiu a formação, na instituição, de recursos humanos nos níveis de mestrado, doutorado e pós-doutorado. No caso da UERJ, destaca-se que a instituição é a única universidade pública no estado do Rio de Janeiro a oferecer cursos de graduação, mestrado e doutorado em Relações Internacionais. Do ponto de vista das instituições militares participantes (ESG, EGN e CIASC), nota-se que tais instituições, por estarem associadas ao Ministério da Defesa, desempenham papel ativo no que diz respeito a ações de Cooperação Internacional em Segurança e Defesa e de Diplomacia de Defesa. Por exemplo, as três instituições recebem, nos seus diversos cursos oferecidos, oficiais estrangeiros de nações amigas, na sua grande maioria de Estados localizados. O Curso Avançado de Defesa Sul-Americano (CAD-Sul), criado na ESG em 2012, é um exemplo de ação de Diplomacia de Defesa no Entorno Estratégico Brasileiro. No que diz respeito à EGN, o projeto apoiará a consolidação do Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos da EGN, em processo de abertura de doutorado profissional. Em relação à ESG, o projeto servirá para a consolidação do Mestrado Acadêmico em Segurança Internacional e Defesa, voltado para civis e militares, e que está aguardando avaliação pela CAPES.